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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Network 1976

( " )- This story is about Howard Beale, the acclaimed news anchorman on UBS T.V. In this time, however, he was a mandarin of television with a HUT rating of 16 and a 28 audience share. In 1969, however, his fortunes began to decline. He fell to a 22 share. The following year, his wife died, and he was left a childless widower with an 8 rating and a 12 share. He became morose and isolated, started to drink heavily, and on September 22, 1975, he was fired, effective in two weeks. The news was broken to him by Max Schumacher, who was the president of the news division at UBS. The two old friends got properly pissed. ( " ).


Começa assim um dos meus filmes favoritos: "Network" - argumento de Paddy Chayefsky dirigido por Sidney Lumet.
Network é um filme denunciante , que nos atira á cara a nossa propensão natural para não saber distinguir as realidades, (entre as inumeras realidades existentes) e no próprio enredo Howard Beale (gigantescamente interpretado por Peter Finch) cospe-o á cara dos seus telespectadores. Neste guião a trama descreve um pivot de TV que por inumeras circunstâncias começa a ficar louco aos olhos do mundo, porém a sua insanidade poderá ser descrita como uma sã constatação das coisas. Num mundo onde a morbidez das audiencias dita conteúdos a visão de um lunático que desafia todas as regras adquiridas pelos telespectadores é um chamariz demasiado eficaz para ser descartado.
Há muito a reter deste filme, Diana Christensen , directora de uma estação de Tv (interpretada magnificamente por Faye Dunaway) personifica a brutalidade da Televisão.
Belas ; aliciantes ; tentadoras; obscenas , brutais as duas fundem-se num só personagem. Porém ambas serão sempre descartáveis, são o momento ou a exitação de um directo, de um audiência. Diana Christensen como a tv , sem vivacidade e algo novo não persistem.

Diana Christensen: The time has come to re-evaluate our relationship, Max.
Max Schumacher: So I see.
Diana Christensen: I don't like the way this script of ours has turned out. It's turning into a seedy little drama.
Max Schumacher: You're going to cancel the show?
Diana Christensen: Right.


Embora Network seja bastante mais que estas personagens e a forma como elas interagem , o maior impacto deste filme nao fica apenas no seu conteúdo em si.
Este filme é inquietante, em 1976 um louco dizia que o mundo está entretido, que as massas obedecem a capitais e interesses escondidos. E verdadeiremente aterrador para os hipocondríacos sociais é o facto de as mesmas palavras que um lunático outrora gritou estarem absolutamente actuais e auto-evidentes em 2009. Uma comparação entre duas circunstâncias (ficçao e realidade) que Paddy Chayefsky fez antecipadamente...há mais de 30 anos.


"You've got to say, 'I'm a HUMAN BEING, Goddamnit! My life has VALUE!' So I want you to get up now. I want all of you to get up out of your chairs. I want you to get up right now and go to the window. Open it, and stick your head out, and yell, 'I'M AS MAD AS HELL, AND I'M NOT GOING TO TAKE THIS ANYMORE!'

Queira ver o link imediatamente acima por favor. Vale a pena .

Darwin até quando?

O darwinismo e a TDI


-A questão é incómoda no mundo científico. Ei-la:
Porque é que a teoria darwinista não passa disso mesmo...da teoria?

-Segundo Darwin a evolução é o resultado de ocorrencias aleatorias que deram origem á Vida tal como a conhecemos tendo como catalizadores a variação, herança genética, seleção natural e o tempo entre outros factores. No darwinismo a pré-concepção da Vida é descartada renegando a Evoluçao a uma sucessao de circunstancias casuais que determinaram a evolução das espécies não tendo aparentemente qualquer designio concreto ou intencional.
Ora a denominação de teoria ainda nao foi substituida porque simplesmente não há factos concretos e aceites que cimentem a veracidade desta linha de pensamento.
A exemplo: no caso dos dinossaurios não há exemplos de evolução sequencial das especies.Encontram-se apenas especies animais já completamente formadas e estandartizadas não se detectando mutações ou diferenças entre exemplares fosseis. No caso dos fosseis humanóides há a célebre referencia ao "Missing Link".

Se a teoria Darwinista não está fundementada de todo porque motivo é-lhe atribuida a prioridade de relevãncia?

-Existem outras correntes cientificas que antagonizam o Darwinismo, uma delas (e que tem vindo a ter especial enfase a partir da decada de 80) é a Teoria do Design Inteligente (TDI).
A Teoria do Design Inteligente advoga que há um propósito inteligente (e não meramente aleatório) que estabeleceu um processo complexo e intencional de Design ou Criação / Concepção do qual resulta a Vida.
Esta linha de pensamento científico verificou determinados dados que põem em causa o evolucionismo Darwiniano. Segundo teoria de Darwin um especimen biologico é fruto de evoluçao furtuita sem intençao pré-determinada seguindo um dictame probabilistico que se traduz pelo exemplo de dizer que ao atirar-se uma moeda ao ar 50 vezes e tal acontecer é um episódio previsivel pois é um evento possivel embora que estatisticamente muito improvavel, contudo , tendo o planeta milhoes de anos , ao longo desse tempo seria possivel efectuar as tentativas suficientes para que o fenómeno fosse observado. O mesmo se aplica a cada detalhe da Vida de um exemplar biologico. Por exemplo uma especie de peixe seria encarnado, contudo uma mutaçao num gene daria origem a uma desova de peixes azuis, essa cor daria uma maior taxa de sobrevivencia porque esses peixes estariam mais bem camuflados dos predadores acabando essa especie mutante por estabelecer-se e substituir a especie encarnada.Ora neste exemplo deparamo-nos com duas situaçoes distintas: aleatoriedade : (a mutação do gene) e adaptação (a subtituiçao da especie anterior) , neste exemplo Darwin não consegue traduzir ou fazer a distinção entre o factor mutação e o factor intenção de mutação discriminando apenas um factor, que neste caso é o factor observado (mutação) e não o factor originante da mutação. Darwin criou uma teoria que apenas explicava os acontecimentos após a sua observação refutando a intencionalidade de uma eventual Inteligência .
Na sequÊncia do exemplo prévio avança-se para outro, o do olho Humano.
Matematicamente a evoluçao do olho não poderá ter explicação na linha darwinista isto porque a complexidade desse membro é tal que não poderia ter origem em tão reduzido espaço de tempo ( desde o aparecimento do Homem ) em como catalizador eventuais aleatoriedades .
Não deixa de ser curiosa a pressão ou a regra adquirida de usar a Teoria de Evolução de Darwin no mundo académico colocando-se até como uma certa obrigação sob o risco de se ser ridicularizado.

“Os biólogos devem constantemente ter em mente que o que eles vêem não tem design intencional, mas evoluiu”.
- Francis Crick, What Mad Pursuit (1988)


Nesta situação a TDI fará o Homem iniciar uma incursão no aspecto Teológico.
Rasurando a Teoria de Darwin (TD) do mundo cientifico e avançando-se para um mais apurado estudo e maior dedicação á TDI e á medida de que se obterem mais dados comprovantes da mesma poder-se-á verificar uma total reformulação do ponto de vista do Homem para com a ciencia, para com a sua Origem e também a do Universo.
Factores como Religião, Filosofia, Ética entre muitos outros sofrerão uma nova abordagem de forma contundente.



POST AGUARDANDO CORRECÇÃO E ACTUALIZAÇÃO

Evolução Social vs Evolução Humanista

Humano.

de uma forma abrupta: que sociedade é esta?

Com milénios de civilização eis-nos em 2009 numa situação global de instabilidade económica -excuso dizer social- que nos projecta para uma situação de crise. Uma crise porém não é necessáriamente má, traduzida directamente da sua génese grega "crise" significa parar para reflectir. Dadas as circunstâncias é de facto o melhor a fazer perante o afamado cenário internacional.
Proponho então neste balanço que analisemos a caótica e incompreensivel situação social que nos envolve e as suas origens.
Por onde começar?
O mais gravoso na sociedade contÊmporanea é o retrocesso cívico dos cidadãos e ameaças á sua liberdade, qualidade de vida,aos seus direitos e á condição de humano.
Uma imensa parte da Humanidade está sujeita neste momento aos desígnios de determinadas elites que com o seu poder determinam o controlo de naçoes e povos juntamente com os seus futuros. Arriscando ser pouco original afirmo que a História é escrita antes de acontecer e relatada de forma viciada aos que estudam o seu passado.
Ocorre-me imaginar um cronista no futuro relatando os nossos dias. Quais as diferenças sociologicas de duas realidades separadas por dois Séculos.

Há cerca de Século e meio ainda havia escravatura com fundamento legal. Impunemente e sem qualquer remorso acorrentavam-se escravos, e um ser não tão humano explorava outro, facto sabido e inegável. Predominantemente de África vinha a mão de obra que o Homem branco comercializava e á semelhança de gado era feita entre os escravos a seleção dos melhores exemplares para criação. O estatuto de Humano de um escravo era um promenor secundário e a descurar. A "mercadoria" por ser rentável e necessária eram prisioneiros que efectuavam trabalho útil a troco de nada e evitava-se a fuga dos mesmos enriquecendo os seus senhores.
Nos dias de hoje andaremos assim tão distantes desses tempos e podemo-nos considerar como seres Humanos com experiência no campo do Respeito pela vida humana, pela Liberdade e pelo bem estar daqueles que são parte integrante de uma esfera de cidadania?
Considero que não. As razões são óbvias, todos nós o sabemos, ainda hoje há aspectos tão deploráveis que envergonhariam a Humanidade num tribunal com uma esfera de responsabilidade de jurisdição proporcional a tal escala: tráfego humano, tráfego sexual, crimes de guerra, experiencias em humanos sem o devido conhecimento e/ou autorização, genocídos e limpezas raciais, exploração financeira e laboral, controlo de pensamento ,deturpação de informação, discriminação em inumeros campos, despotismo perante o próximo, deteoramento de valores e regras sociais adquiridas, corrupção entre tantas outras coisas.
Quando alguém se refere a desenvolvimento social refere-se sobretudo a uma maior organização de diversos factores de caracter institucional , ou infra estrutural,intelectual ou comunicacional ao invés de um desenvolvimento humano, aparentemente - e segundo a minha observação pessoal - esses dois factores (desenvolvimento social e humano) não ocorrem em conjunto nem são mutuamente inerentes. Pode-se criar uma auto- estrada que reflicta o melhor das capacidades humanas no que é referente a engenharia, criando postos de trabalho e aproximando localidades , potencializando deslocação de pessoas e bens, impulsiona-se o comércio entre outras situações como exemplo de desenvolvimento social , contudo nessa mesma auto estrada circularão pessoas traficadas, droga, contribuintes que evadem o fisco, pessoas apologistas de segregação racial entre inúmerissimos outros casos... Este exemplo evidencia o progresso social do progresso humano. Pode-se mudar o mundo envolvente e a esfera comum em que vivemos contudo a natureza mais pessial de cada cidadão não é tão facilmente alterada através de melhoramentos socias .
Mas retornando ao exemplo dos escravos, lúcidamente quem dedicar um pouco do seu tempo a querer constatar saberá que actualmente escravos somos todos nós, escravos de uma dependêndia de capital.
Não temos correntes visiveis, mas para quê correntes quando não há para onde fugir? O prezado leitor destas palavras poderá confirmar que sem capital todos os seus direitos e liberdades têm pouco significado, mesmo num esquema social supostamente complexo e desenvolvido. O ser Humano em qualquer parte do planeta tem forçosamente que adquirir formação conveniente que á posteriori garantir-lhe-á um posto de trabalho remunerado. Mesmo que não hajam esforços ou resultados significativos na área da formação tem-se á mesma a imperiosa necessidade de ser remunerado em troca de trabalho. Neste aspecto poucas ou nenhumas objecções se colocam , contudo é a forçosa necessidade de dinheiro que em muitos casos destitui o ser humano da sua dignidade ou qualidade de vida.
O reflexo desta dependência é uma escravatura que nos impede o acesso a mais conhecimento, a mais tempo com a familia , a uma sujeiçao a atentados ao respeito e auto-estima por parte de entidades patronais, a um esclavagismo de horários e descartação de boa parte de tempo da nossa vida , a um continuo desgaste fisico e mental . O ser humano está prisioneiro do capital.
Que não se subentenda por estas palavras que antagonizo o trabalho, pelo contrário . defendo melhores condiçoes de acesso e desempenho da actividade laboral no geral. O importante é conseguir discernir a realidade lógica da realidade adquirida á nascença.
Esta distinção estabelece que a realidade de uma actividade laboral traduz-se por um esfoço bem remunerado sem sacrificios de maior á vida quotidiana- deve trabalhar-se sim, mas nunca permitindo que tenhamos que abdicar da propiedade e prioridade de factores supra laborais, ou seja , não seria permitido que um trabalhador por dependencia económica tivesse que abdicar de tempo com a familia ou salvaguarda de serviços médicos de qualidade, de o direito aquirido ao respeito, ou até por exemplo de repouso suficiente.
A presente realidade actual impõe-nos uma aceitação de competividade exagerada, uma desumanização e consequente maquinização ou descartabilização das caracteristicas individuais de um trabalhador castrando-lhe toda a sua criatividade e potencial nas mais diversas áreas reduzindo-o a um mero operário ou executante de uma determinada tarefa que terá como objectivo a riqueza pessoal ou da entidade patronal.
A certo ponto da história o desenvolvimento social verdadeiro deturpou-se e corrompeu-se desviando-se para um desenvolvimento económico predominante que asfixiou a prioridade do desenvolvimento humano quando entre os dois havia de facto uma diferença real. O rácio da expressão "sócio-económico" não está equilibrado, o "económico" sobrepõe-se em importancia atriuida ao "sócio-".
De uma forma simples pretendo dar a entender que o desenvolvimento humano determinado em factores como o altruismo,evolução política, valores, respeito pelos direitos humanos e qualidade de vida, saúde , sustentabilidade ambiental, família, educação , edificação académica e intelectual entre outros estão directamente sujeitos ao jugo económico.
Para aqueles que defendem que a sociedade tem eventos cíclicos como desenvolvimento, falência etc ...convém lembrar que a sociedade não pode nunca ter como prioridade única o desenvolvimento económico. Não pode uma sociedade tolerar que a riqueza económica é a meta sendo sim um meio de obter algo maior.
A sociedade como a vemos é puramente uma corruptela do modelo de vida comum acente no objectivo de melhoramento de condição de vida pois a passos largos caminha-se para uma escravatura laboral desculpabilizada por expressões como competitividade, crise, indices económicos, pib , esquecendo questões tão inerentes ao ser humano (em que aí se evidencia esta torpe noção de humanidade) como felicidade, bem estar, realização familiar e profissional ,saúde, oportunidade de criação intelectual e pensamento livre, o acesso a informação útil e diversicada,acesso equilativamente distribuido ao pensamento e actividade política ,fomento e direito ao respeito e valores, justiça social ,e voluntarismo estatal para total providenciação das necessidades do cidadão , cimentação de uma solidariedade social eficaz ee funcional que não seja um sinónimo de esmola social. Caminhamos para um esturpo á nossa liberdade de expressao e ao direito maior da segurança fundamentado por um medo global de terrorismo - seja qual for a sua origem.

SEGUINDO UM PADRÃO QUE NÃO É DO AGRADO DO PRÓPRIO AUTOR ESTE POST SERÁ CONTINUADO E SUBMETIDO A CORRECÇÃO NUMA ALTURA MAIS CONVENIENTE. UM PEDIDO DE DESCULPAS DA GERÊNCIA.

Você tem capacidade para votar?

A pergunta da foto pode parecer arrogante quanto baste mas se lhe for tirada a contundência da questão colocada poder-se-á afirmar que tem bastante relevância quando se quer fazer uma mais aprofundada análise ao panorama político português. Tem em sí a caracteristica de se dirigir a todos que a lêem , incluindo eu que escrevo estas linhas obviamente. Antes de prosseguir sei que terei necessáriamente , por uma questão de sensatez, que a colacar á minha pessoa e encontrar a resposta para a pergunta que abordo . Terei eu capacidade de votar? Ponderando sobre o ávido interesse pelos meandros da política e dado o meu acompanhamento sobre as questões mais densas e menos expostas nos círculos de discussão política e sobre os mais variados temas, considero que a resposta seja que tenho capacidade para votar e... probabilidade de ficar desiludido.
Mas a razão que me fez colocar este artigo reside no momento pós-eleitoral. Mais uma vez os portugueses foram convidados a votar (e sublinho o verbo convidar), visto que novamente a abstenção "marcou presença" no processo eleitoral , contudo, esse convite foi posto de lado e a massa votante que se absteve preferiu afastar-se do direito a contribuir no planeamento do futuro nacional. Questiono-me porque motivo não é o direito de voto um comportamento cívico obrigatório e quais os resultados provenientes da efectiva obrigatoriedade?
Ao implementar-se a obrigatoriedade do voto , o cuidado no acto de escolher um representante no Governo seria eventualmente maior. Dar-se-ia imediatamente uma nova interpretação da importãncia do acto eleitoral e consequentemente uma maior noção do sentido de responsabilidade e cidadania.
Contudo, esses factores que enumero não parecem ser de especial interesse aos sucessivos governos pós 25 Abril. De uma população que padeceu da impossibilidade de exercer o voto passou-se para uma população que mantém á distancia (muito por desencanto) a política e as responsabilidades inerentes a um cidadão num regime democrático. Acordou-se então do sonho de Abril mas estranhamente Portugal e os portugueses encontram-se sob uma estranha letargia que os demove de uma avaliação e intervençao na esfera política nacional.
Quais as causas deste distanciamento entre os habitantes e o leme do rumo de Portugal tendo o português o dom de tudo criticar e se achar capaz de saber resolver qualquer questão de acordo com o seu ponto de vista particular?
Penso que a reflexão pessoal que fará ditar o destino da cruz no boletim de voto .é numa significativa percentagem da população votante, influenciada não por um raciocínio lógico e de cálculo profundo e informado, mas sim pelo desconhecimento de matéria política num fugaz momento de escolha quase que penoso e receoso da responsabilidade . Em Portugal muitas das vezes o voto pode ser metaforizado como uma semente que se deita á terra e cujo crescimento não se acompanha. Tantas são as vezes que muitos são chamados á resposabilidade da votação encarando esse processo democrático como um aspecto pouco decisivo e esporádico, tantas vezes vota-se sem se ler sequer um programa eleitoral ou as propostas do candidato (sim, porque apenas se vota num candidato desconhecendo-se a restante equipa partidária ) ; tantas vezes se vota no candidato com a melhor equipa de marketing, no que mais seduz, no que melhor mendiga o voto, no que mais hipnotiza com palavras gritadas mas vazias de intenção ou verdade, tantas vezes se vota num candidato como forma de escolher o menos pior...
Aqui já chego ao detalhe da questão do título desta reflexão. E se alguém ler os programas e não tiver capacidade de interpretá-los? Existem centenas de milhar de portugueses que de forma preocupante e sacrificadora de gerações futuras não têm a devida informação ou aprendizagem para poder formular a sua interpretação dos desígnios nacionais e dos desafios de Portugal. Há uma ileteracia política transversal a classes, faixas etárias , áreas geográficas e associada também a outras iliteracias de âmbito não directamente político como a iliteracia económica , cívica, e académica .
Com a abstenção e o inerente desinteresse da população para com as esferas de decisão governamental , perpetua-se e agrava-se a distância do cidadão ao poder de expressão democrática ,e á construção e defesa dos interesses da população portuguesa . Estes factores são de uma preocupante gravidade. Submetendo o importantíssimo direito e dever de voto a um estatuto de opção e não de obrigatoriedade, está-se de forma interna a hipotecar a salvaguarda dos direitos mais nobres e vitais para o país e para o cidadão tais como ,a exemplo : Soberania; Indepedência ;Identidade; Liberdade; Progresso; Justiça e Sustentabilidade expondo-os á ameaça de agentes de interesse externos . Com isto pretendo dizer que o afastamento dos portugueses ao processo eleitoral manifestado na abstenção , ou a continuídade do voto de quem mal esclarecido , é uma ameaça absolutamente inaceitavel e inconcebível.
A descartabilização da responsabilidade democrática consagrada no direito ao voto resultará numa progressiva e contínua intransparência do poder estabelecido e desigualdade em dois dos direitos mais sonegados que exponho nesta minha observação que são o direito á Informação e o direito do Conhecimento.
Num modelo social democrático debilitado pela abstenção e pelo voto mal informado, a sociedade não é projectada pelo Todo. Será a classe política que o fará, e haverá o constante risco que faça de acordo com os seus interesses e não com os da população como um todo .
Nesta via o cidadão comum está diminuido na capacidade de expressão, poder de decisão e intervenção, e oportunidade á Informação e Conhecimento .



Penso haver o manifesto interesse político na continuídade da ignorância cívica e política dos cidadãos portugueses provado pela inexistência de empreendedorismo na formação abrangendo essas áreas .



a continuar